Dossiê Saúde

AS BACTÉRIAS QUE HABITAM CONNOSCO

Embora as bactérias sejam mais conhecidas pelas infecções graves, como sífilis, cólera e tuberculose, a grande maioria das que habitam o corpo humano são simples comensais.

Comensais são micróbios que vivem connosco e geralmente não criam problemas. Às vezes até os resolvem. Vivem nas partes externas do corpo, isto é: a pele, o nariz, a garganta, a boca, todo o canal gastrointestinal, também considerado parte externa.


Na pele, as bactérias ajudam a degradar as células mortas e destruir os resíduos eliminados por poros e microglândulas. Nos intestinos transformam resíduos complexos em substâncias simples e participam da geração de compostos químicos essenciais à vida humana, como as vitaminas D, K e B12.

 

A questão é que as bactérias nem sempre nos ajudam. Basta o ambiente do corpo ficar mais poluído e as defesas orgânicas falharem que elas começam a reproduzir-se desenfreadamente. Um estreptococo fica anos na garganta, quietinho, e de repente explode numa amigdalite aguda; um pneumococo pelo qual ninguém dava nada detona uma pneumonia. Rompeu-se o equilíbrio de forças entre parasita e hospedeiro.

O que foi, o que não foi – qualquer fator coadjuvante serve de gota d’água: mudanças de temperatura ou grau de humidade, alimentação deficiente durante alguns dias, stress, outros parasitas competindo por alguma vitamina importante, problemas emocionais, fungos no ar condicionado, viagens.

Quando são as bactérias que mudam de ambiente, o desacerto é total. Infecções urinárias e renais em mulheres, por exemplo, quase sempre são causadas por uma bactéria do intestino que entra na uretra.

Na boca vivem bactérias muito nossas conhecidas, as que fazem os dentes ficarem peludos quando não são limpos. Elas adoram açúcar e amidos em geral, e, como todas as bactérias, precisam de glicose como fonte de energia. São capazes de se multiplicar muito mais rapidamente se tiver algum restinho de doce por ali.




Num beijo são trocadas aproximadamente 250 bactérias, por isso beijar pode ser um veículo importante de transmissão de doenças. Porém o beijo também pode funcionar como uma forma de vacinação natural, pois por exemplo, ao beijar seu filho recém-nascido, uma mãe transmite de forma diluída e progresiva seus germes promovendo uma reação das defesas do organismo do bebê, que o ajuda a desenvolver anti-corpos e defesas naturais contra algumas doenças.

Vacas e outros animais herbívoros como cabras, ovelhas, veados, alces, gazelas, girafas, antílopes, caribus, cangurus, camelos e lhamas dependem de micróbios para se nutrir. São equipas de fungos, bactérias, protistas e vírus que vivem numa parte especial do estômago chamada rúmen, que só os ruminantes têm, por isso são ruminantes; tais micróbios pré-digerem o capim e a palha para seu hospedeiro, cortando-os em pedacinhos e acrescentando enzimas. Só depois disso é que o animal regurgita a comida de volta à boca, mastiga mais um pouco e engole definitivamente. http://correcotia.com/vermes/pesquisa/capitulo7.htm


DOENÇAS RESULTANTES DE MÁS PRÁTICAS ALIMENTARES


Atualmente, com a vida agitada que todos levam, muitas pessoas não se preocupam com a alimentação. Apenas se lembram do assunto quando surge algum tipo de doença e a pessoa vê-se obrigada a alimentar-se de uma forma mais saudável.
Saltar refeições, comer alimentos ricos em gorduras, consumir
alimentos processados em excesso e outras atitudes deste tipo diminuem a disponibilidade de nutrientes, que são necessários ao bom funcionamento do organismo, o que resulta no processo de doença.

A seguir indicam-se algumas doenças causadas por uma alimentação inadequada:

Obesidade

A obesidade é uma doença caracterizada pela acumulação excessiva de gordura corporal, associado a problemas de saúde. Podemos citar como causas da obesidade, fatores genéticos, ambientais e psicológicos. Entre os fatores ambientais está o consumo excessivo de calorias e a diminuição no gasto energético ( exercício físico), que devem ser modificados para o controle da doença.Para o tratamento da obesidade é fundamental ter uma redução no consumo de calorias, ter bons hábitos alimentares e fazer escolhas saudáveis, juntamente com a prática de atividade física regular. Este é o caminho para ter excelentes resultados.

Colesterol elevado

O aumento de colesterol na corrente sanguínea pode ocasionar entupimento de veias e artérias causando o enfarte do miocárdio ( músculo do coração) e derrame cerebral. O colesterol provém de duas fontes: do organismo e dos alimentos que se ingere. No organismo, o colesterol é produzido pelo fígado enquanto que o colesterol proveniente da alimentação encontra-se em alimentos como: manteiga, margarina, natas, bacon, queijos curados, enfim, alimentos de origem animal. Consumir estes alimentos em excesso pode elevar os níveis de colesterol no sangue.
Como prevenção e tratamento desta doença é importante ter uma alimentação equilibrada, evitar o consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras, evitar também alimentos industrializados ricos em gordura, aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras e praticar atividade física regularmente.

Gastrite
Gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago, que se pode classificar de aguda ou crónica. Nos casos de gastrite crónica, o agente causador mais comum é a infeção pela bactéria helicobacter pylori. Mas também pode ocorrer devido ao fator hereditário, stress, má alimentação, realização de poucas refeições ao dia com grande volume de alimentos e com grandes intervalos entre cada refeição.
Medidas preventivas e o tratamento desta doença estão relacionados com a alimentação. Ter uma alimentação fracionada, ou seja, comer mais vezes ao dia, em menores quantidades é uma das medidas a serem tomadas.
Excluir alimentos que causam desconforto e irritam ainda mais a mucosa também é imprescindível, exemplo: frituras em geral, doces, bebidas à base de cafeínas, bebidas gaseificadas, bebidas alcoólicas, alimentos ácidos, condimentados e outros.
Diabetes
É uma doença caracterizada pela falta de produção ou produção insuficiente de insulina ou também pela ação insuficiente da insulina, que faz com que haja o aumento na taxa de glicose no sangue. A diabetes tipo II pode estar relacionada com o excesso de peso e a obesidade.
Pessoas com diabetes devem ter um acompanhamento com um profissional capacitado para elaborar um cardápio conforme a realidade da pessoa, controlar o consumo de hidratos de carbono e incentivar uma reeducação alimentar, além da prática de exercícios físicos regularmente.
Hipertensão
A hipertensão ocorre quando os níveis de pressão arterial se encontram acima dos valores de referência para a população em geral. Podemos citar como causas da hipertensão a obesidade, consumo excessivo de álcool, sal em excesso, tabagismo, sedentarismo e fatores hereditários. Esta doença é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares.
Assim como as demais doenças citadas acima, para controlar a pressão arterial é fundamental ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios e diminuir o consumo de sódio, ou seja, o sal de cozinha e por isso é necessário ter em atenção os rótulos que se encontram nas embalagens dos alimentos. Os alimentos industrializados geralmente são ricos em sódio.
Como os leitores puderam observar a alimentação é algo essencial no combate destas doenças e outras que não foram citadas, por isso é necessário a consciencialização de todos para uma vida mais saudável.

Adaptado de:
www.sitemedico.com.br/essenciaestetica.comessenciaestetica.com
Imagem: essencianutrição.com

Comer à noite ou não? Eis a questão (e a resposta)

Afinal, porque é que depois que o sol se põe parece que a vontade de comer triplica?

Para emagrecer é preciso cortar os hidratos de carbono depois das 18h?

Não jantar é a solução para afinar a silhueta?

Segundo o nutricionista Alexandre Merheb, a compulsão noturna por alimentos tem explicação científica.

A serotonina é um neurotransmissor vinculado à regulação da saciedade e da fome. No início da noite, os níveis de serotonina no organismo caem, levando à ânsia por comida. O problema é maior ainda em quem tem deficiência na produção de serotonina, o que pode acontecer inclusive por erros na alimentação - explica ele.

Um desses erros é o consumo excessivo de hidratos de carbono (doces, massas, açúcar). A digestão desses alimentos eleva os níveis de insulina no corpo, e nos processos químicos do organismo, insulina alta é sinónimo de serotonina baixa.

Boa alimentação de dia evita fome voraz à noite

Controlar a produção de insulina e manter os níveis de serotonina lá em cima são as primeiras providências para regular a fome noturna. E isso faz-se através de uma alimentação equilibrada durante o dia, dividida em dois pequenos lanches e três refeições com hidratos de carbono de baixo índice glicémico, ou seja: cereais, arroz e massas integrais, ricos em fibras, que são digeridos lentamente, sem aumentar muito a insulina do corpo.
 O ideal é um pequeno almoço da manhã rico em fibras como cereais integrais, proteínas como queijos e fiambre magro, e frutas em pedaços. Ao almoço, salada verde, legumes, arroz integral, proteínas magras como frango ou peixe, e fruta de sobremesa - ensina o nutricionista.

E à noite, não deixe de jantar. A refeição noturna é importantíssima para o organismo, porém é bom que seja feita no mínimo duas horas e meia antes de deitar, para evitar desconfortos e prejuízos do sono.

Abusar uma vez ou outra não faz mal

No meio de tantas ideias falsas que cercam as dietas, uma é bem verdadeira: à noite as refeições devem ser mais leves, pois o metabolismo é mais lento. No entanto, isso não é uma sentença para que nunca mais jante um rodízio de pizza ou algo do género.
O corpo não sofre com uma extravagância esporádica. O problema é quando isso se torna rotina. Abusar da comida uma vez ou outra não traz maiores consequências, o organismo consegue ultrapassar esse excesso.
Adaptado de:http://vidasaudavel.powerminas.com/
Desenho retirado de unimed.com.br


DEPRESSÃO
A depressão é a principal causa de incapacidades e a segunda causa de perda de anos de vida saudáveis entre as 107 doenças e problemas de saúde mais relevantes. Os custos pessoais e sociais da doença são muito elevados.
Uma em cada quatro pessoas em todo o mundo sofre, sofreu ou vai sofrer de depressão. Um em cada cinco utentes dos cuidados de saúde primários portugueses encontra-se deprimido no momento da consulta.
A depressão encontra-se reconhecida no Plano Nacional de Saúde 2000-2010 como um problema primordial de saúde pública. A depressão é uma doença mental que se caracteriza por tristeza mais marcada ou prolongada, perda de interesse por atividades habitualmente sentidas como agradáveis e perda de energia ou cansaço fácil.
Ter sentimentos depressivos é comum, sobretudo após experiências ou situações que nos afetam de forma negativa. No entanto, se os sintomas se agravam e perduram por mais de duas semanas consecutivas, convém começar a pensar em procurar ajuda.



A depressão pode afetar pessoas de todas as idades, desde a infância à terceira idade, e se não for tratada, pode conduzir ao suicídio, uma consequência frequente da depressão. Estima-se que esta doença esteja associada à perda de 850 mil vidas por ano, mais de 1200 mortes em Portugal.
A depressão pode ser episódica, recorrente ou crónica, e conduz à diminuição substancial da capacidade do indivíduo em assegurar as suas responsabilidades do dia-a-dia. A depressão pode durar de alguns meses a alguns anos. Contudo, em cerca de 20 por cento dos casos torna-se uma doença crónica sem remissão. Estes casos devem-se, fundamentalmente, à falta de tratamento adequado.
A depressão é mais comum nas mulheres do que nos homens: um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde, em 2000, mostrou que a prevalência de episódios de depressão unipolar é de 1,9 por cento nos homens e de 3,2 por cento nas mulheres.


É possível prevenir a depressão?

Como todas as doenças, a prevenção é sempre a melhor abordagem, designadamente para as pessoas em situação de risco, pois permite a intervenção precoce de profissionais de saúde e impede o agravamento dos sintomas.
Se sofre de ansiedade e/ou ataques de pânico, não hesite em procurar ajuda médica especializada, pois muitas vezes são os primeiros sintomas de uma depressão.
Se apresenta queixas físicas sem que os exames de diagnóstico encontrem uma explicação então aborde o assunto com o seu médico assistente.
A depressão diferencia-se das normais mudanças de humor pela gravidade e permanência dos sintomas. Está associada, muitas vezes, a ansiedade e/ou pânico. http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/saude+mental/depressao.htm
Também temos de ter em atenção a depressão sazonal, típica do inverno.
Para ter uma ideia, com o início dos dias frios, os casos de depressão chegam a aumentar  até 20% em relação à média normal.
Os especialistas batizaram este surto depressão sazonal, um problema que afeta mais as mulheres do que os homens.
A depressão sazonal tem início no inverno, mas pode ocorrer em outras épocas do ano, desde que o clima propicie o seu aparecimento.
Os sintomas são típicos da depressão clássica, como desânimo, intensa fadiga, perda de energia, aumento do sono, alteração no apetite, podendo aumentar o apetite, vontade de comer  hidratos de carbono, chocolate e "Junk food”, ou diminuir o apetite, irritabilidade, sonolência e mau-humor. Mudanças na energia e motivação: dificuldade de concentração, execução de tarefas rotineiras, fadiga, isolamento social e diminuição do impulso sexual. Mudanças no humor: irritabilidade, apatia, baixa auto estima, sensação de depressão.


Segundo o médico Joel Rennó Jr, coordenador do Projeto de Atenção à Saúde Mental da Mulher do Instituto de Psiquiatria, a explicação para o problema está principalmente nas funções biológicas do organismo.
"A diminuição de horas diárias à exposição solar pode levar a mudanças neuro químicas.
A intensidade da luz é importante para a secreção, por exemplo, da serotonina, um neurotransmissor que regula o humor, o apetite e o sono", refere o Dr Joel.
Em alguns casos, a chegada da primavera pode amenizar o sofrimento, mas isso não é regra. Parece existir predisposição genética. Pessoas com familiares que sofram de Depressão ou Distimia tem maior probabilidade de sofrer de Depressão Sazonal. Maior incidência entre os 20 e 40 anos, mas pode ocorrer em todas as idades, inclusive em crianças
A psicanalista Dulce Barros explica que a depressão sazonal pode durar meses, anos e, em alguns casos, a vida toda.
"Por isso o acompanhamento de um profissional é fator determinante na recuperação do paciente", conclui a especialista.
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Dr. Joel Rennó Jr é coordenador Geral do Pró-Mulher
– Projeto de Atenção à saúde da Mental da Mulher
do Instituto de Psiquiatria
Dra. Dulce Barros é psicóloga, psicanalista e sexóloga


Projeto de Educação para a Saúde - PES (2020/2021)


Recurso digital sobre a temática violência no namoro


Link de um recurso digital, um pequeno vídeo de cerca de 3 minutos, sobre a temática violência no namoro


https://www.youtube.com/watch?v=esQSPLGpnnE






Rastreio às IST - 15 de junho



No dia 15 de junho, entre as 09h30 e as 16h30, a APF Algarve realizará rastreios às IST (VIH, Sífilis, Hepatite B e C), dirigida a alunos, pessoal docente e não docente, junto do polivalente, na sala de enfermaria.

Os testes são anónimos, gratuitos e confidenciais e, simultaneamente, a equipa presta também aconselhamento, sendo o resultado entregue ao próprio.

 

Salientamos a importância desta iniciativa. 








Lançamento da Revista DJ do IDPJ em suporte digital

A revista DJ do Instituto Português do Desporto e Juventude (IDPJ) será exclusivamente em suporte digital. Revista DJ

A   publicação bimestral cobre toda a atividade do IPDJ, desde os eventos realizados ao vasto leque de programas e valências nas áreas da Juventude e do Desporto. Inclui, igualmente, um artigo de opinião, que neste primeiro número é da autoria do Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues


A Revista DJ contempla, ainda, orientações na área da saúde,  através da equipa de coordenação da Saúde Juvenil  e pela equipa de nutricionistas do IPDJ.

No primeiro número foi convidado o ilustrador Filipe Coelho, da Associação de Designers do Sul, para assinar a capa. Em futuras edições serão escolhidos novos artistas para a produção das respetivas primeiras páginas.

A revista é distribuída pelos/as subscritores/as de conteúdos informativos do IPDJ e disponibilizada ao restante público no portal ipdj.gov.pt.


 Dia Mundial da Alimentação