quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Francesa Annie Ernaux vence Prémio Nobel da Literatura 2022

 A Academia Sueca de Estocolmo atribuiu o Prémio Nobel da Literatura à escritora francesa Annie Ernaux

“pela coragem e acuidade clínica com que descortina as raízes, estranhamentos e constrangimentos

coletivos da memória pessoal”.

Annie Ernaux nasceu em França em 1940 e publicou o seu primeiro livro “Les Armoires Vides”, um

romance autobiográfico, em 1974.

Licenciada em Letras Modernas a sua obra é uma mistura de autobiografia, sociologia, memórias e

história de acontecimentos recentes.

No início do sécio XXI a sua obra “Les Années” recebeu o Prémio Marguerite Duras e foi finalista do

Prémio Man Booker Internacional.

Em 2011, Annie Ernaux publica “L'Autre Fille”, uma carta dirigida à sua irmã, que morreu antes de seu

nascimento, assim como “L'Atelier Noir”, que reúne vários cadernos de anotações, planos e reflexões

relacionadas à escrita de suas obras.

Por toda a sua obra recebeu o Prémio da Língua Francesa, Prémio Marguerite Yourcenar, o Prémio

Formentor de las Letras e o Prémio Prince Pierre do Mónaco.

Este ano, 2022, Annie Ernaux foi galardoada com o Prémio Nobel da Literatura.

Para além de escritora, Annie Ernaux é uma cidadã empenhada na política francesa, quer como apoiante

de candidatos presidenciais (apoiou o candidato da Frente de Esquerda, Jean-Luc Mélenchon, em 2012)

quer como coautora de uma coluna no jornal “Libération” em apoio ao movimento de coletes amarelos

em 2018.


 

Prof.ª Cristina Guerreiro

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Sophia de Mello Breyner Andresen

 No passado dia 6 de novembro celebrou-se o aniversário de Sophia de Mello Breyner Andresen nascida

em 1919

Esta escritora foi uma das maiores poetisas do século XX e a primeira mulher que recebeu o Prémio

Camões – 1999 -. Em 1964 recebeu o Grande Prémio de Poesia pela Sociedade Portuguesa de Escritores.

Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu no Porto, mas tem origem dinamarquesa pelo lado paterno.

Foi uma mulher com intervenção política, apoiou o movimento monárquico, denunciou o regime

salazarista e mais tarde foi deputada à Assembleia da República pelo partido socialista. Enquanto

denunciante do regime salazarista ficou celebre a sua "Cantata da Paz", mais conhecida pelo seu refrão:

"Vemos, ouvimos e Lemos. Não podemos ignorar!"

É também conhecida a sua veia de contista e de livros infantis que escreveu motivada pelos filhos (A

Menina do Mar, O Cavaleiro da Dinamarca, A Floresta, O Rapaz de Bronze, A Fada Oriana, etc.).

Traduziu Dante Alighieri e Shakespeare, foi membro da Academia das Ciências de Lisboa e ganhou o

prémio Rainha Sofia em 2003.

No Oceanário de Lisboa, os poemas de Sophia que têm ligação forte ao Mar foram colocados para

leitura nas zonas de descanso da exposição, para que os visitantes possam absorver a força da sua

escrita enquanto estão imersos numa visão de fundo do mar.

O seu corpo está no Panteão Nacional desde 2014 e tem uma biblioteca com o seu nome em Loulé.

https://fasciniodafotografia.wordpress.com/2019/11/06/as-fotografias-de-sophia-de-mello-breyner-andresen/


 fonte da imagem: https://fasciniodafotografia.wordpress.com/2019/11/06/as-fotografias-de-sophia-de-mello-breyner-andresen/

Prof.ª Cristina Guerreiro