quinta-feira, 20 de maio de 2021

22 de maio – DIA DO AUTOR PORTUGUÊS

 



Este dia foi instituído em 1982 pelo maestro Nóbrega e Sousa e pretende homenagear os autores portugueses nas mais diversas áreas artísticas, como a pintura, a literatura, a poesia, a música ou o cinema, que têm contribuído para o enriquecimento da cultura portuguesa com as suas criações e distinguir aqueles que se destacaram na defesa e promoção dos direitos de autor. Este dia assinala igualmente o aniversário da Sociedade Portuguesa de Autores.

 

Todos são convidados a recordar os grandes autores portugueses neste dia ou a conhecer novos autores, desde os talentos emergentes na cena nacional aos talentos mais anónimos.

 

Luís de Camões, Fernando Pessoa, Eça de Queirós, António Lobo Antunes, José Saramago, Sophia de Mello Breyner, Florbela Espanca e Agustina Bessa-Luís. O que têm em comum todos estes importantíssimos escritores? Além de terem uma escrita do outro mundo, literalmente, uma vez que esta já viajou além-fronteiras, são todos portugueses e estão – especialmente hoje – de parabéns.

Como sugestão, deixamos-lhe alguns livros - nacionais, claro - para despertar o imaginário, porque ler é, afinal, a melhor viagem do mundo.


















segunda-feira, 3 de maio de 2021

3 de maio - Dia da Liberdade de Imprensa

 

3 DE MAIO - DIA INTERNACIONAL DA LIBERDADE DE IMPRENSA

Esta data é celebrada desde 1993, unindo esforços de entidades, jornalistas, ativistas e outros cidadãos.

Este Dia Internacional da Liberdade de Imprensa tem como objetivos:

  • promover os princípios fundamentais da liberdade de imprensa;
  • combater os ataques feitos aos media e impedir as violações à liberdade de imprensa;
  • lembrar os jornalistas que são vítimas de ataques, capturados, torturados ou a quem são impostas limitações no exercer da sua profissão;
  • prestar homenagem a todos os profissionais que faleceram vítimas de ataques terroristas ou que foram assassinados por organizações terroristas.

Todos os anos vários jornalistas são capturados e mantidos prisioneiros em diversas regiões do mundo, principalmente nos países onde vigoram regimes ditatoriais.

A associação Repórteres Sem Fronteiras desenvolve esforços para proteger os profissionais de comunicação social em todo o mundo e alertar para os perigos a que estão sujeitos no desempenho do seu trabalho. Organizações como a UNESCO juntam-se à luta pelo direito à liberdade de expressão.

A liberdade de expressão é um direito de suprema importância para que a sociedade possa conhecer e se defender de possíveis arbitrariedades cometidas pelo poder público. É condição primordial para a democracia.

A liberdade de imprensa estabelece um ambiente no qual, sem censura ou medo, várias opiniões e ideologias podem ser manifestadas e contrapostas, num processo de formação do pensamento.

Um povo só consegue lutar pelos seus direitos se os conhece. Por isso, nos dizeres de Rui Barbosa, “a palavra aborrece tanto os Estados arbitrários, porque a palavra é o instrumento irresistível da conquista da liberdade. Deixai-a livre, onde quer que seja, e o despotismo está morto”

A 12 de julho de 1821 promulgava-se um decreto em Portugal que, pela primeira vez, estabelecia a abolição da censura prévia e a regulamentação do exercício da liberdade de imprensa, segundo o projeto do deputado Francisco Soares Franco, posteriormente aprovado nas Cortes de 1821. Este diploma baseava-se no regulamento espanhol sobre a liberdade de imprensa, acabando mesmo por ser mais avançado que o espanhol e o francês.

A liberdade de imprensa surgia, assim, numa altura em que Portugal atravessava um período de grandes perturbações e tinha que dar resposta aos problemas políticos. Após a Vila-Francada, pelo decreto de 2 de junho de 1823, a Constituição de 1822 foi derrubada e a repressão voltou a instaurar-se. Assim, por diploma de 6 de março de 1824, a imprensa regressou à situação anterior a 1794, que conferia a autoridade aos ordinários e à Mesa do Desembargo do Paço para censurar tudo o que se imprimisse, revogando, assim, a lei de 1821.

Porém, a censura prévia não foi extinta completamente, sobrevivendo até 1834, altura em que a lei de 22 de dezembro decretava, definitivamente, a liberdade de imprensa. Só depois de 1834 o programa constitucionalista foi levado a cabo, uma vez que foi vencido o absolutismo, militar e politicamente.

A partir desta data criaram-se as condições para que a imprensa se transformasse numa arma poderosa ao serviço do constitucionalismo. Os liberais da Revolução de 1820 já há muito tempo que ansiavam por essa liberdade porque, segundo eles, não podia haver Constituição sem liberdade de imprensa. Sem liberdade de imprensa era impossível informar o governo dos seus inimigos, da má administração dos seus membros, da corrupção dos magistrados e dos deveres. Por outro lado, a imprensa e a sua liberdade eram um dos meios mais frutíferos para a tomada de consciência da população. Entre 1834 e 1851 iniciou-se uma nova época na imprensa, sendo esta a fase mais importante do jornalismo português. Estabeleceu-se, assim, uma relação entre uma sociedade em constante renovação e a literatura. A literatura passou então a ser considerada uma poderosa arma de transformação política e social.