segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

“Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos."

 




23 DE JANEIRO, DIA MUNDIAL DA LIBERDADE

 

O CONCEITO DE LIBERDADE…

 

∞ Liberdade é o conjunto de direitos reconhecidos ao indivíduo, considerado isoladamente ou em grupo, em face da autoridade política e perante o Estado; poder que tem o cidadão de exercer a sua vontade dentro dos limites que lhe faculta a lei.

 

∞ Liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa.

 

∞ A liberdade é um direito básico de todos os seres humanos para agir de acordo com a sua consciência, realizarem as suas próprias escolhas e opções de vida, sem coerção ou impedimento, desde que dentro dos limites da lei.


ORIGEM ETIMOLÓGICA...


O termo liberdade, do grego eleutheria, significa o poder, bem como a liberdade de movimento, ou seja, a possibilidade do corpo movimentar-se sem qualquer restrição, não é um dado da consciência ou do espírito.
Em latim, o termo libertas simboliza a independência, a ausência de limitações e coações.

Em alemão, a palavra Freiheit (liberdade) tem origem histórica nos vocábulos freihals ou frihals. Ambos significam “pescoço livre” (frei Hals), livre dos grilhões mantidos nos escravos.

Na Antiguidade, a liberdade era uma qualidade do cidadão, do homem considerado livre na estrutura da polis. A expressão da liberdade era sobretudo política. Os antigos não conheciam a liberdade individual como autonomia ou determinação. Poder e liberdade eram palavras praticamente sinónimas.


POEMAS...

Liberdade

Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

                                  SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN



A liberdade, sim, a liberdade!
A verdadeira liberdade!
Pensar sem desejos nem convicções.
Ser dono de si mesmo sem influência de romances!
Existir sem Freud nem aeroplanos,
Sem cabarets, nem na alma, sem velocidades, nem no cansaço!

                                                                          Álvaro de Campos






Uma coroa incrustada de pedras preciosas - o Bolo-rei




De forma redonda, com um grande buraco no centro, o Bolo-rei é feito de uma massa branca e fofa misturada com passas, frutos secos e frutas cristalizadas. Aparenta uma coroa incrustada de pedras preciosas.

 

A tradição surgiu em França, no tempo de Luís XIV, para as festas do Ano Novo e do Dia de Reis. No entanto, com a Revolução Francesa, em 1789, a iguaria foi proibida por causa do nome. Felizmente, e como o negócio era rentável, os pasteleiros continuaram a confecioná-lo sob o nome de gâteau des sans-cullottes.

 

Em Portugal, a primeira pastelaria a vender e a confecionar o Bolo-rei foi a Confeitaria Nacional, em Lisboa, por volta do ano de 1870, através duma receita trazida de Paris. No Porto foi posto à venda pela primeira vez em 1890 por iniciativa da Confeitaria Cascais feito, também, segundo uma receita que o proprietário trouxera de Paris. Assim o Bolo-rei atravessou com êxito os reinados da rainha D. Maria II e dos reis D. Pedro, D. Luís, D. Carlos e D. Manuel II.

 

Mas, com a proclamação da República, a 5 de Outubro de 1910, vieram os piores tempos para o Bolo-rei, ficando em risco a sua existência por causa da palavra “rei”, símbolo do poder supremo que tinha sido derrubado. O bolo tinha que desaparecer ou arranjar outra designação.

 

Os pasteleiros continuaram a fabricá-lo, mudando-lhe o nome. Hoje, o bolo recuperou o seu nome original e,  apesar da proibição da fava e do brinde, continua a ser um dos doces mais presentes em toda a quadra Natalícia.


 

LENDA - 

Diz a história que foram os três reis magos, Gaspar, Belchior e Baltazar, a dar origem ao Bolo-rei, simbolizando os presentes que os magos levaram ao Menino Jesus aquando do seu nascimento: o ouro, a mirra e o incenso. De acordo com a simbologia, a côdea simboliza o ouro, as frutas, cristalizadas e secas, representam a mirra, e o aroma do bolo assinala o incenso.

A fava e o brinde, hoje em desuso por questões de segurança alimentar, também têm uma explicação. Segundo a lenda, quando os Reis Magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a brindar o Menino. Um padeiro, perante a discussão, confecionou um bolo escondendo no seu interior uma fava, para que aquele que a apanhasse fosse o primeiro a entregar o presente. A história não conta, no entanto, qual dos três, Gaspar, Baltazar ou Belchior, foi o feliz contemplado.