Clube de Leitura

Atividades realizadas 2022/ 2023

 Set./ Out

Organização do Clube: definição das atividades a
desenvolver, horário, angariação de elementos/
participantes para o clube
● Divulgação do clube de leitura através da plataforma
Classroom (criação de um Google forms) e de cartaz
● Marcação de um horário para a reunião dos
elementos do Clube de Leitura com vista à realização
das atividades inerentes ao clube.
● Pesquisa e seleção de livros para leitura de acordo
com as sugestões dos alunos (via virtual e propostas
individuais presenciais) .

Nov.

 Leitura do livro “Solidão dos números primos”
● Realização de cartaz de divulgação da atividade
“Leitura do livro “Solidão dos números primos”
● Encontro para comentário do livro “A solidão dos
números primos”.


 Dezembro

 Atividades de Natal
● Pesquisa e seleção de poemas sobre o tema
● Realização de exposição

Janeiro

Dia da não violência e da paz integrado na comemoração
dos direitos humanos (10 jan.)
● Divulgação com notícia
● Construção de painel (papel cenário) com frase de
Gandhi - participação da comunidade escolar através
do registo de frases promotoras da não violência
● Elaboração de desenhos – símbolos da paz – 11L/
11K
● Construção de símbolo da paz em grandes dimensões
(papel cenário) – 11º K
● Role-play: representação de ações violentas a partir
do símbolo da paz (11º K) – atividade interativa (dia
30 de janeiro) para a comunidade escolar
(polivalente).

Fevereiro

Comemoração do Dia Internacional da Língua materna
(21 fev.)
● Pesquisa de obras literárias
● Seleção de textos de obras literárias em
diferentes línguas
● Exposição de livros escritos em várias línguas
● Elaboração de treze WordArt/ WordCloud
alusivos a textos das obras literárias expostas

Maio

Comemoração dos dias da poesia, da arte e da liberdade
(21 março; 15 abril; 24 abril)
● Seleção, recolha e exposição de livros alusivos
principalmente ao tema da liberdade
● Elaboração de cartaz de divulgação da atividade
” declamação de poesia”
● Declamação de poemas sobre a liberdade com a
presença do convidado Sérgio Sousa e participação
de alunos das turmas 11º I e 12ºA – (18 maio).
Estiveram presentes os alunos das turmas 10ºUa,
11ºI e 11ºJ

Fotos e vídeos 

 Maio

Avaliação das atividades do clube de leitura
● Listagem das atividades realizadas
● Avaliação

Atividades realizadas 2021/2022

 Dia do livro

 Realizou-se o “Encontro às Cegas”,com o objetivo de celebrar o Dia do Livro. Os membros  do Clube de leitura embrulharam e decoraram obras à sua escolha para colocar em exposição na biblioteca com o intuito de motivar a requisição de livros.

"No Final, Morrem os Dois", de Adam Silveira





Sem morte, não há vida. Sem perda, não há amor.

Pouco depois da meia-noite, Mateo e Rufus, dois completos estranhos, recebem a notícia de que vão morrer dentro de 24 horas. Neste último dia que lhes resta, ambos anseiam por fazer um amigo.

A boa notícia é que existe uma aplicação para isso. Chama-se Último Amigo e, através dela, estes dois jovens encontram-se para uma derradeira e intensa aventura: viver toda uma vida num só dia.

Para nos lembrarmos de que todos os dias contam.


Laura: ⭐⭐⭐⭐⭐

Sabem aquele sentimento de medo de arriscar?

Durante meses, este título não me saiu da cabeça, estava por toda a parte. Só me apareciam vídeos ou posts – a maioria no Tik Tok ou no Instagram - de pessoas a falar bem deste livro, de como o adoraram.

O curioso é que, ao contrário do efeito pretendido pelas recomendações (que, logicamente, é recomendar), quantos mais vídeos via de boas opiniões, mais reticente ficava em relação à leitura deste livro. Tinha-se tornado um hábito adicionar e retirar este livro da minha wishlist, porque estava com expectativas muito altas. Mesmo muito altas.

Tinha receio de me desiludir.

Mas, li. Arrisquei. E não me arrependo nem um pouco – a não ser, de não o ter lido mais cedo.

Correspondeu às minhas expectativas.

Se tivesse de descrever este livro numa palavra, acho que demorava uma vida inteira a tentar encontrá-la. Mas, como este livro nos ensina, não temos tempo a perder, e, por isso, em vez de o resumir, vou tentar exprimir o que esta história me fez sentir (peço desculpa, desde já, pelo tamanho desta review – mas espero que gostem e que fiquem com vontade de o ler).

Este é um daqueles livros em que, quando chegamos ao fim, precisamos de fechá-lo teatralmente e de ficar parados com ele no colo (ou abraçado a nós) a assimilar tudo o que aconteceu. Ou, pelo menos, é o que eu faço quando os livros me impactam de tal forma que me deixam sem palavras e com um furacão cá dentro.

A escrita do autor é fluída e tem um humor natural que nos cativa desde a primeira página. É estranho como é simples e, ao mesmo tempo, tão profunda.

Quando terminei este livro, fiquei, literalmente, cerca de dez minutos a olhar para a parede.

Este livro deixa-nos uma sensação cruel de vazio no coração. Mas, independentemente do seu fim, a leitura deste livro, a meu ver, vale muito a pena.

300 páginas depois, e sinto que o Rufus e o Mateo vão ficar comigo para sempre. É deveras impressionante como conseguimos distingui-los perfeitamente, ouvir as suas vozes ecoarem nas nossas cabeças e partilhar dos seus sentimentos.

Acho que este foi o livro em que mais pensei na típica frase: “só mais um capítulo”.

Numa escala de 1 a 5, é, para mim, um grande 5.

Este livro é viciante. Dentro da sua fantasia, é real e, mesmo que acredite que este livro não “toque” todas as pessoas que o leem da mesma forma e com a mesma intensidade, acho que toda a gente se consegue identificar com alguma coisa.

Este livro faz-nos pensar. Faz-nos pensar no impacto que temos na vida uns dos outros e no poder das nossas escolhas. Mostra-nos que, muitas vezes, estamos vivos, mas não a viver.

Este livro dá-nos a força e a vontade de aproveitar cada momento.

Leiam este livro.

Arrisquem. Não se arrependam. Vivam.


Julia: ⭐⭐⭐

Quando primeiro peguei neste livro, pensei que seria um livro de distopia, aqueles com um governo e instituições corruptas, cheios de aventura e se calhar um bocadinho de magia. Apreciadores deste género de livros: não se deixem cair como eu. Isto é um livro de reflexão, aventura emocional e relações interpessoais. Fiquei um bocado desapontada com isto, mas a história em si é incrível. É muito bom para ler em conjunto (mas também se pode ler sozinho) para todos. Se são apreciadores de romances, este é um livro que não podem não ler.


Mariana: ⭐⭐⭐⭐,8

Mateo e Rufus são dois jovens que são alertados pela previsão de morte que nas próximas 24 horas vão morrer, cabe a ambos decidir como será o último dia das suas vidas. Totais desconhecidos e opostos juntam-se para viver ao máximo o último dia que lhes resta, decididos a tornar este o melhor de todos.

Este livro prende os leitores pela história cativante, pelos personagens fantásticos e pela escrita fluída e fácil de ler. É um dos típicos livros em que ficas a ler durante horas e horas que se sentem como uns poucos minutos. Gostei do livro em geral mas, para mim, o que me atrai mais neste livro é a forma com que o autor introduz as personagem novas, a forma como relaciona todos ou a maior parte dos acontecimentos da história, a forma de como me deixava sempre com vontade de ler “só mais uma página”. Algo que eu não gostei tanto foi o final, pois eu achei que poderia ter sido mais nítido.

Eu definitivamente recomendo este livro a todas as pessoas que gostem ou tenham vontade de ler algo em que tanto podes estar a rir como a chorar! Por fim passamos à minha avaliação por estrelas de 1 a 5! Eu dou a “No final, morrem os dois” 4,8! Apesar não ter gostado muito da forma que o final foi escrito, para mim, não foi algo assim tão grande ao ponto de ofuscar o brilho do livro.


 

"O Bom Inverno", de João Tordo



Quando o narrador, um escritor prematuramente frustrado e hipocondríaco, viaja até Budapeste para um encontro literário, está longe de imaginar até onde a literatura o pode levar. Coxo, portador de uma bengala, e planeando uma viagem rápida e sem contratempos, acaba por conhecer Vincenzo Gentile, um escritor italiano mais jovem, mais enérgico, e muito pouco sensato, que o convence a ir da Hungria até Itália, onde um famoso produtor de cinema tem uma casa de província no meio de um bosque, escondida de olhares curiosos, e onde passa a temporada de Verão à qual chama, enigmaticamente, de O Bom Inverno. O produtor, Don Metzger, tem duas obsessões: cinema e balões de ar quente. Entre personagens inusitadas, estranhos acontecimentos, e um corpo que o atraiçoa constantemente, o narrador apercebe-se que em casa de Metzger as coisas não são bem o que parecem. Depois de uma noite agitada, aquilo que podia parecer uma comédia transforma-se em tragédia: Metzger é encontrado morto no seu próprio lago. Porém, cada um dos doze presentes tem uma versão diferente dos acontecimentos. Andrés Bosco, um catalão enorme e ameaçador, que constrói os balões de ar quente de Metzger, toma nas suas mãos a tarefa de descobrir o culpado e isola os presentes na casa do bosque. Assustadas, frágeis, e egoístas, as personagens começam a desabar, atraiçoando-se e acusando-se mutuamente, sob a influência do carismático e perigoso Bosco, que desaparece para o interior do bosque, dando início a um cerco. E, um a um, os protagonistas vão ser confrontados com os seus piores medos, num pesadelo assassino que parece só poder terminar quando não sobrar ninguém para contar a história.



Julia: ⭐⭐⭐1/2


Quando li a síntese do livro (um autor convidado a um encontro de artistas, só para o anfitrião morrer na primeira noite) não esperava que o livro falasse tanto de arte e do valor do ser humano, o que até foi uma boa surpresa. O final deixou-me desiludida, pois a verdade neste livro parece estar muito distorcida. É um livro de rápida ou lenta leitura, depende do quão profundamente o lemos. Neste momento, dou ao livro 3.5 estrelas (em 5), mas acho que, quando for mais velha, vou voltar a pegar nele e apreciá-lo mais.

Leonor: 


Sobre o livro "O Bom Inverno" , recomendo apenas para pessoas que estejam com uma boa saúde mental, que estejam bem consigo mesmas e que aguentem coisas simplesmente estranhas e desagradáveis, não no que toca a imagens que podemos imaginar ou ações das personagens, mas sim no que toca a um estado mental deplorável e vazio.


Resumindo a minha opinião sobre o livro numa simples palavra: terapia. Todas as personagens, sem exceção alguma, necessitam urgentemente disso! O que mais me surpreendeu no narrador, a personagem principal, foi o facto de ele nunca ter pensado em suicídio. O livro coloca-nos a criar um monte de teorias, claro, para quem gosta de as criar, e tem bastantes acontecimentos que nos deixam simplesmente parvos por não sabermos o que sentir, reagir ou até mesmo pensar.


Eu achei que o final foi o que me causou ainda mais dúvidas, as incertezas e o medo levam a que uma pessoa faça ou diga coisas inacreditáveis para a sua sobrevivência, que podem ter um valor de verdade ou não. O livro é basicamente à base de Filosofia e de todas as contradições possíveis.


Pessoalmente, a minha personagem preferida, desde que apareceu, foi o Bosco, todas as palavras trocadas com o narrador voltaram à minha cabeça horas depois, o sentido e o significado delas fizeram com que eu visse todas as suas ações com uma razão e uma certeza, ao contrário de todos os outros. A segunda pessoa que vem à minha mente sempre que volto a ouvir o título do livro é Olivia, outra personagem bastante questionável, tendo criado mais teorias que se tornaram rapidamente erradas. É praticamente impossível escolher de entre eles quem me fez sentir mais raiva devido à atitude de todos. Ninguém ali é inocente.


Até gostei, teve de tudo, mas senti que estavam coisas a mais e ao mesmo tempo ainda está a faltar algo, uma verdade ou uma certeza.


Laura:


Quem matou Dan Metzgler?

Pelas palavras de um narrador misterioso e duvidoso, acompanhamos a história de um escritor falhado que, embora não acredite na literatura, deseja mais que tudo que o seu próximo e terceiro livro seja um êxito (mas, ele não está realmente a trabalhar nele, apenas deseja que este se escreva sozinho).


A história começa quando este jovem pessimista recebe um convite para um encontro literário em Budapeste, que acaba por aceitar. Acontece que, quando lá chega… coisas estranhas acontecem e vê-se envolvido numa série de) homicídio(s).


A escrita é fluída, mas o ambiente para que nos transporta é, de certo modo, incomodativo, porque nos sentimos dentro da mente hipocondríaca e instável do personagem principal. Por vezes surgem notas do narrador que contribuem para a nossa dificuldade em compreender o que está a acontecer e em quem podemos confiar, o que torna a leitura confusa (mas que, para os que gostam deste género, pode ser um elemento cativante).


Não foi uma história que me desse prazer em ler, pelo que não terminei – assim, não tenho classificação para atribuir, senão, 0 estrelas. Mas…

Se gosta de thrillers psicológicos, fica aqui uma sugestão.



Quem somos?



Julia:
Oi, sou a Julia, tenho 15 anos e adoro ler desde que tenho oito anos. Os meus géneros preferidos são fantasia, mistério e romances.



Laura:
Olá, chamo-me Laura, tenho 16 anos e foi a coleção “A Seleção”, de Kiera Cass, que me fez entrar na leitura – e que organizou um ataque (rebelde) para me roubar o coração juntamente com: “Caraval” de Stephanie Garber; “A Morte De Quatro Rainhas” de Astrid Scholte e “Legend” de Marie Lu. Também adoro romances contemporâneos (principalmente se tiverem uma pitada de mistério), e gosto de sublinhar as minhas frases preferidas com canetas coloridas.


Leonor:
Sou a Leonor Inácio e tenho 14 anos. De todos os livros que já li não consigo escolher qual é o meu preferido, mas um título que não me sai da cabeça é "Quando as luzes se apagam" de Yukito_San (wattpad).
Há duas coisas que me fascinam e me fazem ir mais além durante a leitura: tornar a história real, não no que toca de vivê-la literalmente, mas sim no sentido de podermos sentir cada parte como se fizéssemos parte dela; noutros casos estou sempre a dizer a típica frase que todos os bons leitores conhecem, "só mais um capítulo".
Gosto de qualquer género literário, menos biografias ou até mesmo documentários, gosto de ver o quão além pode a imaginação do ser humano ir!!


Mariana:
Eu chamo-me Mariana Soares e tenho 16 anos. Eu gosto de ler diversos tipos de livros que variam entre assuntos mais sérios e assuntos mais ligeiros. Alguns dos meus livros favoritos são Os Capitães da Areia e a trilogia Legend. Eu acompanho também alguns mangás sendo os meus favoritos Toilet-bound Hanako-kun e Noragami!
 

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