quinta-feira, 29 de abril de 2021

Dia Mundial da Língua Portuguesa

 A data de 5 de Maio para a celebração da Lingua Portuguesa e das culturas lusófonas  foi, oficialmente, estabelecida em 2009 pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) - uma organização intergovernamental, parceira oficial da UNESCO desde 2000. Em 2019, a UNESCO decidiu proclamar o dia 5 de Maio de cada ano como "Dia Mundial da Língua Portuguesa".

De forma a assinalar esta efeméride, a Biblioteca Escolar reuniu uma série de documentos e vídeos que podem ser utilizados como recursos na sala de aula.

História da Lingua portuguesa – o que é lingua portuguesa

http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/brevesum/index.html

Geografia da Língua portuguesa

https://www.santillana.pt/files/DNLCNT/Priv/_11811_c.book/resources/ficha4_geografia_da_lingua_portuguesa.pdf

http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/geografia/index.html

https://www.up.pt/portuguesuporto/o-portugues-no-mundo/

Idiomas de língua portuguesa/Crioulos 

https://www.vortexmag.net/lingua-portuguesa-os-32-idiomas-de-origem-portuguesa-espalhados-pelo-mundo/

http://cvc.instituto-camoes.pt/tempolingua/03.html

http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/geografia/crioulosdebaseport.html

Videos - Lingua portuguesa/sotaques

PORTO


MADEIRA


MALÁSIA


PORTUGAL VS BRASIL


GOA



Videos – Língua portuguesa pelo mundo/Crioulos e interações  com outras línguas de países lusófonos


ANGOLA


CABO VERDE







GOA


GUINÉ-BISSAU


MACAU


MALÁSIA



MOÇAMBIQUE





SÂO TOMÉ E PRINCIPE




SRI LANKA



Videos – Lingua portuguesa semelhanças com outros idiomas

INDONÉSIO/PORTUGUÊS


Videos – Galego

GALEGO




Prof.ª Lucília Pires e Prof.ª Maria José Jerónimo

sexta-feira, 23 de abril de 2021

DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR

 



A 23 de abril celebra-se o

DIA MUNDIAL DO

LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR –

dia escolhido pela proximidade

à data de morte

de dois grandes nomes,

Miguel de Cervantes

e William Shakespeare.



Não conheço prazer como o dos livros, e pouco leio. Os livros são apresentações aos sonhos, e não precisa de apresentações quem, com a facilidade da vida, entra em conversa com eles. 
(Bernardo Soares)

 

Começar a ler foi para mim como entrar numa floresta pela primeira vez e encontrar de repente todas as árvores, todas as flores, todos os pássaros. Quando fazemos isso, o que nos deslumbra é o conjunto.
(José Saramago)

 

Há livros pelos quais deslizamos ao de leve, esquecendo-nos das páginas, à medida que as vamos passando; há outros que lemos com reverência, sem nos atrevermos a concordar com eles ou a discordar deles; outros, ainda, que, porque os amámos tanto e durante tanto tempo, somos capazes de recitar palavra a palavra, dado que os sabemos de cor – sabemo-los com o coração.

(Alberto Manguel)





Leit

 

          Leitura

 

          O que é?

 Leit  Leitura é o ato de ler. Etimologicamente, ler, como muitas palavras portuguesas, deriva do latim. “Legere” é o termo que lhe deu origem e significa conhecer, interpretar por meio da leitura, descobrir. Ler implica o entendimento do que se lê, conhecer o significado das palavras lidas. Assim, praticar o ato de ler significa mais do que conhecer as letras do alfabeto, juntando-as para formar palavras. A palavra lida tem que ter significância para quem a lê. Caso contrário, a leitura assumirá uma forma exclusivamente mecânica, permanecendo quem lê no pântano da iliteracia funcional.

Ler é apreender o significado, tentar descobrir o sentido que o autor deu à narrativa e comparar as próprias experiências com as descritas no texto, descobrindo novos conceitos e reformulando os antigos. Tal atitude leva o leitor ao questionamento e à busca de respostas.

Ler é imaginar sem recorrer à imagem.

 

Como ler?

A leitura deve ser minuciosa e reflexiva. Não deve ser uma atividade passiva. O leitor, para tirar bom proveito da leitura, questionará ativamente o que lê. Com que finalidade? Para compreender melhor e para avaliar o que lê. 

 

Onde ler?

Quando se gosta de ler, lê-se em todo o lado: em casa, na escola, nos transportes públicos, na praia, no campo, no café. Não há lugares especiais para quem quiser ler. Se houver uma boa motivação, qualquer lugar servirá para se fazer uma leitura reflexiva e pensar sobre o que se lê. Uma vez adquirido o hábito de ler, a maior parte das pessoas lê em lugares diferentes, convencionados ou não para a leitura. Na escola, pode-se ler na biblioteca escolar, nas aulas e/ou no recreio. Tudo depende do hábito e do interesse pessoal no livro escolhido.

 



segunda-feira, 19 de abril de 2021

Dia da Liberdade (3)

 E um pouco de poesia ...

LIBERDADE NO SABER

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
Alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
No maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

Mário Quintana



LIBERDADE, ONDE ESTÁS? QUEM TE DEMORA?

Liberdade, onde estás? Quem te demora?
Quem faz que o teu influxo em nós não Caia?
Porque (triste de mim!) porque não raia
Já na esfera de Lísia a tua aurora?

Da santa redenção é vinda a hora
A esta parte do mundo que desmaia.
Oh! Venha... Oh! Venha, e trémulo descaia
Despotismo feroz, que nos devora!

Eia! Acode ao mortal, que, frio e mudo,
Oculta o pátrio amor, torce a vontade,
E em fingir, por temor, empenha estudo.

Movam nossos grilhões tua piedade;
Nosso númen tu és, e glória, e tudo,
Mãe do génio e prazer, oh Liberdade!  

Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765–1805)

 

LIBERDADE QUERIDA E SUSPIRADA

Liberdade querida e suspirada,
Que o Despotismo acérrimo condena;
Liberdade, a meus olhos mais serena,
Que o sereno clarão da madrugada!

 

Atende à minha voz, que geme e brada
Por ver-te, por gozar-te a face amena;
Liberdade gentil, desterra a pena
Em que esta alma infeliz jaz sepultada;

 

Vem, oh deusa imortal, vem, maravilha,
Vem, oh consolação da humanidade,
Cujo semblante mais que os astros brilha;

 

Vem, solta-me o grilhão da adversidade;
Dos céus descende, pois dos Céus és filha,
Mãe dos prazeres, doce Liberdade!

 

Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765–1805)

 

                                        

 

Liberdade

Viemos com o peso do passado e da semente
esperar tantos anos torna tudo mais urgente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente
e a sede de uma espera só se ataca na torrente

Vivemos tantos anos a falar pela calada
só se pode querer tudo quanto não se teve nada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada
só se quer a vida cheia quem teve vida parada

Só há liberdade a sério quando houver
a paz o pão
habitação
saúde educação
só há liberdade a sério quando houver
liberdade de mudar e decidir
quando pertencer ao povo o que o povo produzir. 


Sérgio Godinho

 

 

TROVA DO VENTO QUE PASSA

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.    

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo                                             
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

 Manuel Alegre



 

 

 

Dia da Liberdade (2)

 UM POUCO DE HISTÓRIA …



LIBERTÉ, EGALITÉ, FRATERNITÉ foi o lema da Revolução Francesa.

LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE são os direitos que sintetizam a natureza do novo cidadão; são as palavras de ordem dos que se amotinaram contra as opressões de que padeciam há séculos. 

MARCO HISTÓRICO»» No dia 14 de julho de 1789, em Paris, o povo tomou a Bastilha – fortaleza-prisão, símbolo do poder absolutista.

MOTIVAÇÃO»» A burguesia, insatisfeita, revolta-se porque estava impedida de ter uma participação política e de ascender socialmente. O povo revolta-se contra a alta de preços do pão, dos impostos e dos direitos senhoriais.

PERSONAGENS»» Os sans-culottes – grupo formado por artífices, lojistas e operários – reivindicam a igualdade política. Luís XVI e Maria Antonieta são guilhotinados em 1793, em virtude da inépcia do Rei e dos desatinos da Rainha austríaca.

REPERCUSSÃO»» A Constituição francesa de 1791 consagrou os Direitos do Homem e do Cidadão, a Soberania Nacional, a Separação dos Poderes e, mais tarde, o Sufrágio Censitário. Muitos destes princípios são a base da nossa democracia.

Assim, com a difusão de ideias liberais e a Revolução Francesa, proclamou-se a "Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão" (1789), salvaguardando os princípios fundamentais da sociedade: IGUALDADE perante a lei, LIBERDADE de propriedade e expressão, DIREITO de resistência à opressão, enfim, tudo o que se refere às liberdades e garantias do homem.

No entanto, depois de mais de dois séculos, continuam a existir povos agrilhoados, vítimas de sistemas ditatoriais e de censura. A LIBERDADE foi, e em alguns locais do mundo ainda é, um valor maior. Poder ir onde se quer, dizer o que se pensa, é, para povos e indivíduos, uma condição de crescimento e luta.

Em nome da LIBERDADE e do enorme desejo de liberdade de alguns, o mundo foi mudando, encontrando outras formas de ser e estar, hoje a LIBERDADE, como todos os direitos adquiridos, só é reconhecível pela ausência, ou seja, dá-se por ela apenas quando não a temos.

Pensa nisso...








DIA DA LIBERDADE (1)

 

MONUMENTOS E SÍMBOLOS DA LIBERDADE

 

Sejam países que lutaram pela sua independência, sejam conquistas que os povos tentaram obter para si, a palavra LIBERDADE tem uma grande força e como tal, vários monumentos em sua honra.


                                                  MURO DE BERLIM 

Barreira física que durante 28 anos dividiu a cidade e a Alemanha em duas partes distintas. Com a queda do muro a 9 de novembro de 1989, a Alemanha foi unificada.



                                             ESTÁTUA DA LIBERDADE

Localizada na ilha da Liberdade, esta oferta dos franceses aos Estados Unidos em 1886 representa Libertas, a deusa romana da liberdade.


                                   O SINO DA LIBERDADE (LIBERTY BELL)

Um dos grandes símbolos da liberdade e da revolução americana. Encontra-se em Filadélfia. Foi o seu famoso toque que convocou os cidadãos desta cidade para a leitura da famosa Declaração da Independência.


                                                 PRAÇA DA BASTILHA

Um dos marcos da Revolução Francesa que aconteceu em 1789. A colonne de juillet foi edificada em 1830 como homenagem à revolução. Nesta praça iniciam-se as principais manifestações políticas e sociais em Paris.



                                    MEMORIAL JALLIANWALA BAGH

Edificado em 1951, este jardim público assinala o massacre de Jallianwala Bagh, em 1919, quando uma manifestação pacífica na Índia foi travada de forma sangrenta pelo exército colonial britânico.



                                          PRAÇA DOS RESTAURADORES

Localizada em Portugal, o obelisco com cerca de 30 metros, inaugurado em 1886, comemora a libertação portuguesa do domínio espanhol.


FREEDOM PARK

Construído em Pretória, na áfrica do Sul, este parque é um tributo a todos aqueles que perderam a vida durante a primeira e segunda Guerra Mundial, assim como a todas as vítimas do Apartheid.


 MONUMENTO DA LIBERDADE

Localizado em Riga, este é um memorial aos soldados mortos durante a Guerra da Independência da Letónia e um símbolo de liberdade. Inaugurado em 1935.


MONUMENTO À LIBERDADE

Encontra-se no Parque Urbano Comandante Júlio Ferraz, em Almada, foi inaugurado a 25 de abril de 1999.


MONUMENTO AOS FORAIS DE NAVARRA

Memorial edificado para comemorar a autonomia do antigo Reino de Navarra (Espanha). Finalizado em 1903.