O que é o Prémio Pessoa?
O prémio Pessoa é um prémio instituído pelo jornal Expresso e patrocinado pela Caixa Geral
de Depósitos que se atribui todos os anos a personalidades de nacionalidade portuguesa
que se tenham distinguido na vida artística, literária e científica. A escolha é feita por um júri
presidido por Francisco Pinto Balsemão (fundador do Prémio Pessoa, em 1987) e pelo vice-
presidente Paulo Macedo (presidente da CGD) sendo os restantes membros convidados
anualmente pelo Jornal EXPRESSO. O Prémio não pode ser concedido a título póstumo.
Este ano o prémio foi atribuído a um poeta, João Luis Barreto Guimarães, e ao longo dos 36
anos da sua existência o prémio Pessoa já tinha sido atribuído a poetas como Herberto
Hélder (1994), Vasco Graça Moura (1995) e Manuel Alegre (1999).
Este ano, o júri foi constituído pelos seguintes membros reunidos no Palácio de Seteais em
Sintra: Ana Pinho, António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, Eduardo Souto
Moura, José Luis Porfírio, Maria Manuel Mota, Pedro Norton, Rui Baião, Rui Vieira Nery e
Viriato Soromenho Marques.
Vencedor do Prémio Pessoa
No ano de 2022, o prémio Pessoa foi atribuído a João Luis Barreto Guimarães, o poeta doutor ou o
doutor poeta, como ele próprio nem a si próprio se sabe definir.
Poeta e cirurgião plástico no hospital de Gaia, João Luis Barreto Guimarães nasceu no Porto há 55
anos e embora tenha recebido muitos prémios ao longo da sua vida, considera este o mais
importante. Talvez por o prémio se chamar Pessoa – uma referência ao nosso grande poeta
Fernando Pessoa – lhe acrescente um «significado imenso e extraordinário» como o próprio
galardoado diz «Luís de Camões e Fernando Pessoa são os mais conhecidos e lidos em todo o mundo
[…].»
João Luis Barreto Guimarães escreve sobre o dia a dia, sobre a poesia dos dias, uma poesia nascida
das coisas simples da vida, dos dias comuns. Talvez por isso não lhe tenha faltado assunto durante a
pandemia. Passado o susto inicial, toda a parafernália e folclore associados à situação era material
que aproveitava como material poético.
João Luis Barreto escreve um poema de uma só vez, mas demora meses a fazer a revisão, a trabalhar
os versos, as palavras …
Iniciou a carreira como poeta aos 22 anos com a obra «Há violinos na Tribo».
Prof.ª Cristina Guerreiro
fonte da imagem: https://gazetadascaldas.pt/cultura/joao-luis-barreto-guimaraes-venceu-premio-literario-de-obidos/
