E se falar da não violência e da paz não fosse apenas falar da
ausência da violência e do conflito? Cada vez mais se fala de situações
desejáveis mas não referindo o que as fomenta. Queremos um mundo tranquilo,
harmonioso e sem agressões. Queremos um mundo onde não haja guerra ou qualquer
outro tipo de conflitos. Suspiramos por um mundo ideal como se fosse do domínio
da utopia.
E se o nosso desejo grandioso, antes de
se tornar quase irrealizável, estivesse em pequenos gestos e actos do
quotidiano? Respeito, tolerância, solidariedade, cortesia, tudo parece ter
caído em desuso. Respeito se...Sou tolerante mas... Solidariedade
porém...Cortesia nem pensar!...A forma como nos relacionamos não pode exigir
condições.
E se começássemos a pensar no outro em
vez de darmos sempre prioridade ao "eu"? Não só somos sempre
prioritários, como parece termo-nos virado para dentro do nosso próprio
"eu" ao alhearmo-nos de quem nos rodeia.
Num dia de reflexão sobre a não
violência e paz nas escolas, não me apetece falar sobre a violência ou sobre os
conflitos tão presentes, não por querer ignorar a realidade mas por o
contributo para a sua eliminação poder ser feito de outra forma. Será assim tão
difícil cumprimentar os outros, dizer por favor, obrigado ou desculpe? Será
assim tão difícil dar prioridade aos outros ou não os interromper? Será assim
tão difícil perceber os outros sem destacar os seus defeitos? Será assim tão
difícil chamar a atenção em vez de ignorar uma situação que percebemos
incorrecta ?...
Comportamentos e atitudes positivas
geram um ambiente positivo portanto quanto custa, afinal, sermos
o que deveríamos ser de facto?
Profª A.F.
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