OU PÃO-POR-DEUS?
Em
Portugal, no dia 1 de novembro, no dia de Todos os Santos, existe uma tradição chamada
"Pão por Deus" ou "Dia dos Bolinhos", em que as crianças,
de manhã bem cedinho, saem à rua em pequenos grupos para pedir o "Pão por
Deus" e recebem
como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, que colocam dentro dos
seus sacos de pano.
Esta tradição teve origem em Lisboa em 1756, um ano depois do terramoto que destruiu Lisboa e no qual morreram milhares de pessoas. Como a data do terramoto coincidiu com uma data com significado religioso, de forma espontânea, no dia em que se cumpria o primeiro aniversário do terramoto, a população aproveitou a solenidade do dia para desencadear, por toda a cidade, um peditório, com a intenção de minorar a situação paupérrima em que ficaram.
As pessoas percorriam a cidade, batiam às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse pão, dizendo "Pão por Deus".
Esta
tradição perpetuou-se no tempo, sempre comemorada neste dia, e tendo-se
propagado gradualmente a todo o país.
DOÇURA OU TRAVESSURA?
O TERMO "HALLOWE'EN" SURGIU NO SÉCULO XVII E É UMA ABREVIATURA ESCOCESA DE "ALLHALLOW-EVEN", LITERALMENTE "NOITE DE TODOS OS SANTOS" ("EVEOFALLSAINTS").
O HALLOWEEN REMONTA
A UMA ANTIGA CELEBRAÇÃO CELTA, O SAMHAIN, QUE MARCAVA O FIM DO VERÃO, O INÍCIO
DO INVERNO, O FIM DAS COLHEITAS E O INÍCIO DO NOVO ANO QUE SE COMEMORAVA
A 1 DE NOVEMBRO. APESAR DE TER SIDO SUBSTITUÍDO NO SÉCULO VII POR
UMA FESTIVIDADE CATÓLICA, MAIS DE DOIS MIL ANOS DEPOIS, PESSOAS POR TODO O
MUNDO CONTINUAM A CELEBRAR A CHEGADA DO INVERNO DA MESMA FORMA QUE OS ANTIGOS
CELTAS — COM UMA GRANDE FESTA REPLETA DE DOCES E MÁSCARAS.
TRADICIONALMENTE
DURAVA TRÊS DIAS, COINCIDINDO ATUALMENTE COM AS CELEBRAÇÕES
CATÓLICAS DA VIGÍLIA DE TODOS OS SANTOS (NOITE DE 31 DE OUTUBRO), DIA DE TODOS
OS SANTOS (1 DE NOVEMBRO) E DIA DOS FIÉIS DEFUNTOS (2 DE NOVEMBRO).
ACREDITAVA-SE QUE OS MORTOS SE LEVANTAVAM E SE APODERAVAM DOS
CORPOS DOS VIVOS. POR ESSE MOTIVO, ERAM USADAS FANTASIAS E A FESTA ERA REPLETA
DE AMULETOS SOMBRIOS COM O INTUITO PRINCIPAL DE SE DEFENDEREM DESSES MAUS
ESPÍRITOS.
MAIS TARDE, DURANTE A IDADE MÉDIA, A IGREJA COMEÇOU A CONDENAR O
EVENTO, E OS CURANDEIROS QUE SE POSICIONAVAM CONTRA OS DOGMAS ESTABELECIDOS
ERAM CONSIDERADOS BRUXOS E QUEIMADOS NA FOGUEIRA. SURGIU, ASSIM, O NOME DIA DAS
BRUXAS.
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