“Nos últimos 12 anos, mais de 450 mulheres foram assassinadas em Portugal e 526 foram vítimas de tentativas de homicídio, na maioria dos casos por parte de homens com quem tinham relações. Segundo os dados do Observatório das Mulheres Assassinadas, da União de Mulheres Alternativa e Resposta, a maioria tinha mais de 50 anos”. in Diário de Notícias 25.11.2016.
Nos dias 24 e 25 de novembro decorreu na ESL um conjunto de iniciativas promovidas pelo Projeto de Edução para a Saúde/ Gabinete do Adolescente, em articulação com a Biblioteca Escolar e dinamizada pela APAV; associação In loco; Escola Segura/ GNR e os Serviços de Psicologia e Orientação da ESL – Dr.ª Esperança Santos.
Esta triste realidade vem reforçar a ideia de que “nem sempre o silêncio é de ouro”. Esta foi a frase que os alunos mais repetiram na reflexão e debate sobre a temática: A Violência contra as Mulheres.
A peça a que os alunos assistiram foi “apenas um relato, apenas um momento, apenas uma vida que se perde nos meandros da intolerância, da violência, da falta de respeito e de dignidade. É apenas um grito de dor, num quotidiano envergonhado e escondido...” da autoria e encenação de António Gambóias e interpretação de Alexandra Bota e de Inês Martins, alunas do curso de Artes do Espetáculo – Interpretação, do 3.º ano, do Agrupamento de Escolas Secundária Tomás Cabreira.
A peça permitiu lançar várias questões aos grupos de alunos, organizados por cores diferentes: Quais são as formas de violência? Como as combater? Qual o papel da escola?
Os slogans que encheram o nosso mural foram muitos, entre os quais destacamos:
A violência não é uma força, mas, sim, uma fraqueza!
Vários grupos sugeriram “uma caixa- mágica”, onde os alunos pudessem partilhar as suas histórias, as suas dúvidas e perguntas, de forma anónima. Em breve o Gabinete do Adolescente, a equipa do projeto da Educação para a Saúde/ Saúde Escolar, em articulação com os Serviços de Psicologia e Orientação, tentarão responder a esta solicitação.
Os nossos agradecimentos a todos os que colaboraram e tornaram possível estas atividades, que muito contribuíram para a sensibilização e tomada de consciência contra a violência.
“Quem tem medo da infelicidade, nunca chega a ser feliz. Quem vive num labirinto, tem fome de caminhos.” Mia Couto
Profª Vitória Moreira
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